Outubro rosa, novembro azul, dezembro branco… – Iate Clube Jardim Guanabara

Outubro rosa, novembro azul, dezembro branco…

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No mês passado, a sociedade mundial comemorou o Outubro Rosa, através do qual se incrementa a campanha de conscientização para que as mulheres realizem periodicamente o exame de mamografia. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, a previsão de surgimento dessa doença, no Brasil, em 2015, é de 57.120 novos casos. Dados estatísticos indicam que, em 2013, ainda em nosso país, ocorreram 14.388 mortes decorrentes do câncer de mama, sendo 14.207 de mulheres e 181 de homens – sim, o câncer de mama também acomete pessoas do sexo masculino.

Já neste mês corrente é a vez do Novembro Azul, logicamente dedicado aos homens, já que 51º dos brasileiros nunca foram consultar-se com um urologista, por incrível que possa parecer. A incidência do câncer de próstata, uma doença silenciosa, é bem grande entre nós: 69 mil homens acabam sendo diagnosticados com essa doença, por ano. Ou seja: a cada hora, sete homens são diagnosticados com esse tipo de câncer.

Ambas as campanhas são bastante meritórias: monumentos públicos Outubro rosa, novembro azul, dezembro branco… são iluminados com essas cores especiais, artistas e outras celebridades associam-se às campanhas de conscientização, a imprensa colabora noticiando os eventos. É verdade que em muitos hospitais e centros de saúde não existem mamógrafos ou os mesmos não funcionam, como também é verdade que um machismo obsoleto faz com que muitos homens não aceitem se submeter ao exame de toque, mas nada disso é desculpa para que os brasileiros ou brasileiras se acomodem. Enquanto cidadãos e familiares, todos temos o dever de lutar pelos nossos direitos, de exigir políticas públicas de saúde condizentes com a dignidade da pessoa e com o que reza a nossa Constituição; e também de conscientizar – e, se for necessário, pressionar – nossos pais, tios, amigos, etc. a se consultar periodicamente com um urologista, pelo menos a partir dos 50 anos.

Na sequência do Outubro Rosa e do Novembro Azul, teremos, logicamente, o mês de dezembro. E eu já proponho aqui que seja um Dezembro Branco, simbolizando a paz, bem tão desejado, tão perseguido pelas pessoas de bem… e tão distante de nossa sociedade nos últimos tempos. Sim, é claro que a paz não depende unicamente de uma pessoa, de uma família, de um grupo, de um bairro, de uma cidade. Depende de todos nós. Mas, se cada um fizer a sua parte – como o beija-flor da lenda que pegava água num rio com o seu bico e a despejava na floresta em chamas – já será uma boa atitude. Temos que acreditar, temos que nos esforçar, temos que conscientizar. Nossa conquista, a paz, será mais do que uma excelente recompensa.